Segundo os
pensadores da Ecologia Profunda, uma nova metafísica cósmica e ecológica que
expresse uma identidade comum aos humanos e não humanos é a condição necessária
para um igualitarismo biológico. O homem flui com os sistemas da natureza; é
parte integrante. Não se encontra nem acima dela, nem separado. É um cidadão
pleno da biosfera, ao invés de conquistador ou gerente.
Uma
psicologia nova é necessária portanto, para integrar essa metafísica na mente
da sociedade pós-industrial. A mudança mais substancial de paradigma resulta de
mudanças psicológicas na percepção dos indivíduos e requer uma consciência
penetrante na crença de um entrelaçamento total do planeta Terra.
A nova
metafísica e psicologia leva-nos para uma postura de liberação no sentido de
autonomia, liberdade psicológica e emocional dos indivíduos, desenvolvimento
espiritual e lega o direito às demais espécies de possuir o seu próprio destino
evolucionário.
Cristovam
Buarque, em seu artigo direcionado à presidente Dilma Roussef, nos alerta que
as crises ambiental e financeira estão mostrando o esgotamento do casamento
promovido pela civilização industrial entre a democracia, a justiça social, o
crescimento econômico e o avanço técnico-científico. Segundo Cristovam, a
voracidade do lucro e do consumo se alinha conduzindo o mundo para o
aquecimento global, o desemprego, a migração e a desigualdade.
Adianta ainda
que, se na reunião de abertura da
Rio + 20, os chefes de Estado
pensarem apenas como políticos, olhando para os problemas de curto prazo e do
local, e não como líderes da humanidade, estaremos sacrificando uma imensa
oportunidade. – “A humanidade não pode continuar definindo seu futuro com base
no tamanho do PIB de seus países. È preciso redefinir o conceito de progresso,
encontrar novos critérios e índices que meçam de fato o bem-estar, a paz, o
emprego e a harmonia,” conclui.
Solicita ainda à presidente Dilma que fale por nós, no discurso de abertura, com um grito pela sensatez no mundo.
Solicita ainda à presidente Dilma que fale por nós, no discurso de abertura, com um grito pela sensatez no mundo.
Luiz Felipe Daudt de Oliveira - Diretor Geral (PROJETO PIABANHA)
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