terça-feira, 5 de junho de 2012

Pensamentos, palavras e obras no meio ambiente: mudanças necessárias



Segundo os pensadores da Ecologia Profunda, uma nova metafísica cósmica e ecológica que expresse uma identidade comum aos humanos e não humanos é a condição necessária para um igualitarismo biológico. O homem flui com os sistemas da natureza; é parte integrante. Não se encontra nem acima dela, nem separado. É um cidadão pleno da biosfera, ao invés de conquistador ou gerente.

Uma psicologia nova é necessária portanto, para integrar essa metafísica na mente da sociedade pós-industrial. A mudança mais substancial de paradigma resulta de mudanças psicológicas na percepção dos indivíduos e requer uma consciência penetrante na crença de um entrelaçamento total do planeta Terra.

A nova metafísica e psicologia leva-nos para uma postura de liberação no sentido de autonomia, liberdade psicológica e emocional dos indivíduos, desenvolvimento espiritual e lega o direito às demais espécies de possuir o seu próprio destino evolucionário.

Cristovam Buarque, em seu artigo direcionado à presidente Dilma Roussef, nos alerta que as crises ambiental e financeira estão mostrando o esgotamento do casamento promovido pela civilização industrial entre a democracia, a justiça social, o crescimento econômico e o avanço técnico-científico. Segundo Cristovam, a voracidade do lucro e do consumo se alinha conduzindo o mundo para o aquecimento global, o desemprego, a migração e a desigualdade. 

Adianta ainda que, se na reunião de abertura da  Rio  + 20, os chefes de Estado pensarem apenas como políticos, olhando para os problemas de curto prazo e do local, e não como líderes da humanidade, estaremos sacrificando uma imensa oportunidade. – “A humanidade não pode continuar definindo seu futuro com base no tamanho do PIB de seus países. È preciso redefinir o conceito de progresso, encontrar novos critérios e índices que meçam de fato o bem-estar, a paz, o emprego e a harmonia,” conclui.


 Solicita ainda à presidente Dilma que fale por  nós, no discurso de abertura, com um grito pela sensatez no mundo.

Luiz Felipe Daudt de Oliveira - Diretor Geral (PROJETO PIABANHA)

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