Desejamos a todos uma boa leitura!
Por que nossa fauna aquática encontra-se tão comprometida?
Mesmo localizada entre os maiores centros urbano-industriais
do país, a Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul ainda abriga uma alta
biodiversidade, embora em situação de extrema ameaça. Construção indiscriminada
de barragens ao longo do rio e afluentes, destruição das matas ciliares,
lançamento de esgotos domésticos e industriais e mineração são alguns dos
principais aspectos da degradação ambiental, Aproximadamente, 40 espécies de
vertebrados são ameaçados e mais um conjunto praticamente desconhecido de
invertebrados, como, por exemplo, os camarões de água doce.
O rio Paraíba do sul é
caracterizado pelo seu isolamento geográfico em relação às demais bacias do
Estado de São Paulo o que lhe confere elevado grau de endemismo (espécies de
ocorrência exclusiva da bacia).
O processo desordenado de ocupação do Vale do
Paraíba somado a outras atitudes equivocadas como a introdução do dourado (Salminus brasiliensis), espécie invasora
e de alto nível trófico (carnívora), introduzido em 1946, contribuíram para a
redução de várias populações nativas de peixes, como a piabanha (Brycon insignis), por exemplo, hoje
limitados à algumas áreas da bacia com pouca intervenção do homem, como na região compreendida entre os municípios de Cantagalo e São Fidélis,
chamada de Domínio das Ilhas Fluviais.
A redução populacional, numérica e espacial das
diversas espécies anteriormente encontradas na bacia do rio Paraíba do Sul
resultou na inclusão de cinco importantes representantes da fauna
de peixes na lista nacional das espécies de invertebrados e peixes
ameaçadas de extinção, publicada em 21 de maio de 2004 pelo Ministério do Meio
Ambiente (Brasil, 2004). No meio acadêmico chamamos de ictiofauna o conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região biogeográfica. Dentre as espécies incluídas estão a piabanha (Brycon insignis), a pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus), surubim do Paraíba (Steindachneridion parahybae), cascudo-
leiteiro (Pogomopoma parahybae) e o
curimbatá de Lagoa ou grumatã (Prochilodus
vimboides), todas endêmicas da bacia e com uma distribuição populacional
ainda pouco conhecida. Estas espécies constituem o foco de estudo do Projeto
Piabanha.
Por isso existe o Plano Nacional Paraíba do Sul, que apelidamos de PAN com objetivo principal de recuperar algumas espécies de peixes ameaçados! E você? Sabe o que é o Plano de Ação Nacional Paraíba do Sul?
Em função dessa enorme gama de impactos as quais a bacia está submetida, em maio de 2010 foi realizada uma oficina para a elaboração de um Plano de Ação Nacional para as Espécies Aquáticas Ameaçadas de Extinção da Bacia do Rio Paraíba do Sul, tendo como espécies-alvo cinco peixes , um quelônio endêmico e três espécies de crustáceos.
O processo de elaboração do Plano de Ação Nacional para conservação das espécies aquáticas ameaçadas de extinção do rio Paraíba do Sul - PAN Paraíba do Sul foi realizado em duas partes, uma preparatória, denominada Oficina de Parceiros, e a outra de elaboração das metas e ações que compõem o PAN. A primeira oficina foi realizada nos dias 5 e 6 de novembro de 2009, na estação da CESP, em Paraibuna, SP. Visou formar e consolidar uma rede de parceiros para a elaboração do plano e definir seus objetivos, tais como, reunir informações sobre as espécies-alvo, identificar as principais ameaças e outros parceiros potenciais, além de discutir uma agenda conjunta e interinstitucional de trabalho.
A oficina para elaboração do PAN Paraíba do Sul propriamente dito foi realizada entre os dias 24 e 27 de maio de 2010, em Pirassununga, SP, na sede do CEPTA - Centro Especializado do Instituto Chico Mendes da Conservação de Biodiversidade - ICMBIO, que tem por finalidade a execução de ações voltadas à conservação e preservação de peixes continentais.
O evento contou com a presença de 20 instituições, dentre estas o Projeto Piabanha, e 42 participantes. A elaboração do PAN baseou-se na metodologia da IUCN the International Union for Conservation of Nature), adaptada pelo ICMBIO para traçar um plano de conservação, buscando ações tangíveis e factíveis, e o envolvimento e o compromisso dos parceiros institucionais na execução do plano. A partir dos quatro principais temas relacionados com as principais ameaças que afetam as espécies, identificados na oficina de parceiros (segmentação de habitat, conflitos de uso, falta de sensibilização e comunicação e degradação ambiental), foram identificados os problemas e as respectivas metas e ações necessárias para solucioná-los na segunda oficina.
O evento contou com a presença de 20 instituições, dentre estas o Projeto Piabanha, e 42 participantes. A elaboração do PAN baseou-se na metodologia da IUCN the International Union for Conservation of Nature), adaptada pelo ICMBIO para traçar um plano de conservação, buscando ações tangíveis e factíveis, e o envolvimento e o compromisso dos parceiros institucionais na execução do plano. A partir dos quatro principais temas relacionados com as principais ameaças que afetam as espécies, identificados na oficina de parceiros (segmentação de habitat, conflitos de uso, falta de sensibilização e comunicação e degradação ambiental), foram identificados os problemas e as respectivas metas e ações necessárias para solucioná-los na segunda oficina.
O PAN Paraíba do Sul tem como objetivo geral recuperar e manter as espécies aquáticas ameaçadas de extinção da bacia do rio Paraíba do Sul nos próximos 10 anos. As ações deste Plano de Ação, portanto, deverão ser concluídas em 10 anos a partir de sua publicação. O PAN deverá ser avaliado anualmente e revisado em cinco anos.
Foram estabelecidas 86 ações distribuídas em 13 metas - CHAMAMOS ATENÇÃO PARA A META IV!:
I - Geração de informações para subsidiar o planejamento hidrelétrico da bacia do rio Paraíba do Sul, visando a conservação da biota aquática, com ênfase nas espécies ameaçadas e endêmicas, num período de cinco anos, com 7 ações.
II - Estabelecimento de instrumentos de gestão voltados à recuperação da integridade da biota aquática, com ênfase nas espécies ameaçadas e/ou endêmicas da bacia do rio Paraíba do Sul, impactadas por barragens, em 10 anos, com 9 ações.
III - Aumento, nos próximos cinco anos, do conhecimento da biologia e composição das comunidades da biota aquática da bacia do rio Paraíba do Sul, com ênfase nas espécies ameaçadas e/ou endêmicas, para subsidiar políticas públicas de conservação dessas espécies, com 8 ações.
IV - Aumento dos estoques pesqueiros da bacia do rio Paraíba do Sul e incremento das populações de peixes e quelônios ameaçados, com 25% recuperado em até 10 anos, com 3 ações.
V - Manutenção da vazão mínima ecológica do rio Paraíba do Sul adequada à conservação da biota aquática, por 10 anos, com 7 ações.
VI - Recuperação de pelo menos 20% das Áreas de Preservação Permanente - APPs, da bacia do rio Paraíba do Sul, com ênfase nas áreas relevantes para conservação da biota aquática endêmica e/ou ameaçada de extinção, em cinco anos, com 4 ações.
VII - Estabelecimento de ordenamento pesqueiro para a bacia do rio Paraíba do Sul, com base nos princípios da gestão compartilhada, em cinco anos, com 2 ações.
VIII- Impedimento da introdução de espécies alóctones, exóticas ou híbridas em ambientes naturais da bacia do rio Paraíba do Sul, em 10 anos, com 7 ações.
IX - Sociedade e poder público cientes da importância da bacia do rio Paraíba do Sul na manutenção dos recursos naturais e da qualidade de vida das populações humanas, por meio de programas pilotos de educação ambiental implantados em pelo menos um município de cada trecho do rio (alto, médio e baixo), em cinco anos, com 13 ações.
X - Gestores públicos e policiais ambientais de 25% dos municípios da bacia do rio Paraíba do Sul, considerando as áreas relevantes para conservação da biota aquática ameaçada de extinção, capacitados e treinados na aplicação das leis ambientais, em cinco anos, com 3 ações.
XI - Integração das organizações governamentais, não governamentais e iniciativa privada visando a implementação do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Aquáticas Ameaçadas de Extinção da bacia do Rio Paraíba do Sul, em 10 anos, com 8 ações.
XII - Implantação de sistemas de saneamento ambiental em 25% (vinte e cinco por cento) dos municípios localizados nas áreas relevantes para a conservação da biota aquática ameaçada de extinção, em 10 anos, com 4 ações.
XIII - Ordenamento do uso e ocupação do solo nas áreas relevantes para a conservação da biota aquática ameaçada de extinção da bacia do rio Paraíba do Sul, em 10 anos, com 11 ações.
E como o Projeto Piabanha vem conduzindo suas ações de repovoamento?
As espécies-foco do nosso trabalho são as cinco espécies de peixes contempladas no Plano de Ação Nacional Rio Paraíba do sul.
Munidos de uma Licença emitida pelo Ministério do Meio Ambiente (Figura 1), os exemplares são coletados no ambiente natural e transportados até o Projeto Piabanha Centro Socioambiental (Figuras 2 e 3).
Figura 1: Licença de coleta concedida pelo Ministério do Meio Ambiente ao Projeto Piabanha com fins de monitoramento da ictiofauna e coleta de peixes para a formação do Banco Ex-situ.
Os lotes são armazenados e separados por espécie, formando um banco genético de reprodutores selvagens. Todos os indivíduos capturados são marcados eletronicamente com chip (Figura 4) para leitura eletrônica implantados na musculatura (Figura 5), o que permite a formação de um banco de dados com a identificação dos lotes que também contém informações sobre os locais e datas de captura.
De cada peixe capturado é retirado uma pequena amostra da nadadeira para posterior extração de DNA (Hilsdorf et al., 1999) e a realização do sequenciamento genético dessas populações capturadas. Os procedimentos de avaliação genética das populações são realizados no Laboratório de Genética de Peixes e Aqüicultura da Universidade de Mogi das Cruzes, parceira do projeto Piabanha (Hilsdorf et. al., 2002; Barroso et. al., 2003; Barroso et. al., 2005).
Etapas utilizadas pelo Projeto Piabanha para que ocorra a reintrodução de espécies no ambiente natural (repovoamento)
1. Obtenção da Licença para atividades com finalidade científica emitida pelo Instituto Chico Mendes/Ministério de Meio Ambiente;
2. Coleta dos peixes ameaçados (peixes fundadores) em diversos pontos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul;
3. Transporte dos peixes coletados até a Estação do Projeto Piabanha Centro Sócioambiental;
4. Retirada de um pequeno pedaço da nadadeira caudal para a formação do Banco de Tecido, e por sua vez, para o futuro sequenciamento genético. Obs: não causa problemas físicos no peixe doador;
5. Aplicação de um microchip na musculatura do peixe, a fim de que o peixe possa ser identificado no momento da escolha dos reprodutores visando o processo de reprodução induzida;
6. Escolha dos reprodutores para o processo de reprodução induzida; Nesse momento são selecionados, por exemplo, machos capturados em um ponto da Bacia Hidrográfica e fêmeas coletadas em outro ponto. Ainda são observados o grau de variabilidade genética entre os peixes escolhidos, a fim de aumentarmos a variabilidade genética dos alevinos (filhotes) produzidos;
7. Incubação dos ovos no laboratório;
8. Acompanhamento do crescimento dos alevinos nos tanques berçários (de terra) até chegarem ao tamanho de juvenis, ou seja, peixes com um tamanho médio de 15 cm;
9. Despesca dos juvenis para a soltura no rio. Após a despesca, todos os peixes são rigorosamente observados sobre os aspectos morfológicos e sanitários;
10. Antes da soltura selecionamos uma amostra de 50 indivíduos para a coleta de material genético, a fim de caracterizarmos geneticamente o lote de peixes que será repovoado;
11. Armazenamento das 50 amostras genéticas no Banco de Tecidos coordenado pelo Projeto Piabanha, pelo ICMBIO e pela Universidade de Mogi das Cruzes;
Através do Monitoramento da Ictiofauna, o qual acorre bimestralmente na região do Domínio das Ilhas Fluviais e nos rios que deságuam nessa região, monitoramos o desenvolvimento dos peixes liberados através de coletas padronizadas tendo como premissa, o rigor científico. Essa metodologia permite inferir se o peixe coletado é originário de repovoamento ou, se já possui incremento “genético” originário dos peixes repovoados. Esse incremento ocorre quando os peixes repovoados se tornam adultos e no momento da piracema, reproduzem em conjunto com as populações selvagens, o que inevitavelmente viabiliza o repasse genético através do DNA dos ovócitos e espermatozoides, incrementando a variabilidade genética das populações selvagens. Dados publicados na revista cientifica Neotropical Ichthyology, 7(3):395-402, 2009 (Figura 6) mostram a variabilidade genética em 5 nas populações selvagens de piabanha (Brycon insignis) capturadas em 5 diferentes pontos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Esse estudo, o qual fomos parceiros, já vem sendo utilizado em nosso Programa de Conservação Genética. No futuro próximo, constataremos se os peixes liberados pelo Projeto Piabanha estão formando novas populações no ambiente natural, ou estão incrementando a variabilidade genética junto às populações nativas. Um trabalho com objetivos de CURTO, MÉDIO E LONGO prazo!
Figura 6: Artigo publicado na Revista Neotropical Ichthyology, 7(3):395-402, 2009 dissertando sobre a genética de 5 populações de piabanha.
Figura 7: Reprodutor de piabanha (Brycon insignis) do Projeto Piabanha.
Abaixo, faremos uma explicação técnica que permitirá entender melhor por que o repovoamento de um rio é uma alternativa real quando falamos da recuperação de peixes ameaçados de extinção.
Como preconizado pela pesquisadora Emiko Kawakami
de Resende, através do artigo “A utopia do Repovoamento”, os projetos de
repovoamento visando à conservação de espécies devem considerar estratégias de
conservação a longo prazo, pois a recuperação de determinadas espécies depende,
não somente do grau de conhecimento da variabilidade dentro de uma população,
mas também das diferenças entre populações dentro de uma mesma bacia e entre
bacias hidrográficas diferentes. Peixes com baixa taxa de migração podem
apresentar maiores diferenças genéticas entre populações de uma mesma bacia. Já
peixes com comportamento migratório, como é o caso da grande maioria das
espécies brasileiras, apresentam grandes diferenciações genéticas entre
diferentes bacias (Toledo-Filho et. al., 1992).
Desta forma, o manejo adequado das populações em
ambientes naturais depende do entendimento da quantidade e distribuição da
variação genética, dentro e entre populações (Ryman, 1991).
Quando uma dada espécie está estruturada em
populações geneticamente distintas, estas devem ser consideradas como unidades
de manejo distintas (Moritz, 1994). As pressões ambientais podem estar
selecionando diferentemente as freqüências alélicas e genotípicas, adaptando as
populações às condições locais. Assim, a manutenção dos vários níveis de
similaridade e/ou diferenças entre populações são importantes, pois permitem
minimizar os efeitos da consangüinidade por intermédio de cruzamentos entre
populações geneticamente diferentes.
A manutenção em cativeiro (*Banco Ex-situ) do que
ainda resta de variabilidade genética dessas espécies, características da
região e ameaçadas de extinção, tem por objetivo o aprimoramento de estratégias
de produção para o repovoamento baseadas nas distribuições genéticas das
populações remanescentes, sendo de fundamental importância para o sucesso dos
programas de conservação dessas espécies.
Estamos prestes a construir nosso Banco Ex Sito, no Projeto Piabanha Centro Sócioambiental para receber os reprodutores capturados, e garantir a variabilidade genética dos peixes que soltamos no Paraíba do Sul, conforme já ocorre na organização. Atualmente, mantemos nossos reprodutores em tanques de terra, com todo controle necessário para execução da atividade que desenvolvemos.
Refletindo!
Estamos prestes a construir nosso Banco Ex Sito, no Projeto Piabanha Centro Sócioambiental para receber os reprodutores capturados, e garantir a variabilidade genética dos peixes que soltamos no Paraíba do Sul, conforme já ocorre na organização. Atualmente, mantemos nossos reprodutores em tanques de terra, com todo controle necessário para execução da atividade que desenvolvemos.
Refletindo!
Lembramos quando iniciamos essa saga, em
1997, Guilherme, Cátia, Benígno, Willian, Antônio José, Dalcio, Evódio dentre tantos
outros sonhadores, quando a população de Itaocara já não mais conhecia o peixe
piabanha... Muitos poucos sabiam... Salvo os mais “antigos”. Esses sim, sabiam
que um dia o Paraíba abrigou grandes cardumes de piabanha.
Na época da fundação do Projeto Piabanha pudemos ter a honra de escutar histórias, belas histórias, sobre tal espécie. Todas eram contadas com prazer e sensibilidade pelos aficionados da pesca... Ao final de cada “causo” imaginavamos: seria tal espécie uma lenda? Um mito? Nosso Diretor Técnico, Guilherme Souza, só foi conhecê-la graças ao Sr. Denir Faria, dois anos depois de uma grande persistência por querer encontra-la. “Guilherme esse era o peixe que todos adoravam pescar, mas que agora praticamente não existe mais” dizia o Sr. Denir. O tempo passou e novos conservacionistas se aproximaram, como o Felipe, o Álvaro, o Osvaldo, o Thiago, o Josemar, o José Roberto Marinho, a Natália dentre outros.
Todos dando de tudo para ajudar a espécie e a organização que se formava em prol da mesma. Hoje, no entanto, as piabanhas já são capturadas com certa facilidade, inclusive indo parar nas peixarias locais, o que ainda é uma pena dado seu sua característica de espécie ameaçada de extinção. Seria um sinal dos 15 anos de trabalho da equipe Projeto Piabanha e seus parceiros? Eu não tenho a menor duvida quanto a isso e a resposta é SIM!
Na época da fundação do Projeto Piabanha pudemos ter a honra de escutar histórias, belas histórias, sobre tal espécie. Todas eram contadas com prazer e sensibilidade pelos aficionados da pesca... Ao final de cada “causo” imaginavamos: seria tal espécie uma lenda? Um mito? Nosso Diretor Técnico, Guilherme Souza, só foi conhecê-la graças ao Sr. Denir Faria, dois anos depois de uma grande persistência por querer encontra-la. “Guilherme esse era o peixe que todos adoravam pescar, mas que agora praticamente não existe mais” dizia o Sr. Denir. O tempo passou e novos conservacionistas se aproximaram, como o Felipe, o Álvaro, o Osvaldo, o Thiago, o Josemar, o José Roberto Marinho, a Natália dentre outros.
Todos dando de tudo para ajudar a espécie e a organização que se formava em prol da mesma. Hoje, no entanto, as piabanhas já são capturadas com certa facilidade, inclusive indo parar nas peixarias locais, o que ainda é uma pena dado seu sua característica de espécie ameaçada de extinção. Seria um sinal dos 15 anos de trabalho da equipe Projeto Piabanha e seus parceiros? Eu não tenho a menor duvida quanto a isso e a resposta é SIM!
Hoje já somos 14 doutores (praticamente todos com
pós-doutorado), 3 doutorandos, 1 mestre,
dois mestrandos e 5 graduandos em biologia, 17 pessoas trabalhando na execução das atividades diretas do Projeto Piabanha. Não podemos esquecer que em
função de todo esse trabalho, Itaocara já apareceu várias vezes nas manchetes
dos maiores jornais do país, isso sem falar nas inserções do Globo Ecologia e
do Globo Repórter! O tempo urge e a espécie precisa sim, da nossa ajuda. Isso
foi lido pela organização, em 2004, ao receber uma carta do maior geneticista
de peixes que o Brasil já teve, o Professor Sílvio Toledo, da Universidade
Estadual de São Paulo (UNESP). O mesmo escreveu para o nosso atual Diretor Técncio: "Guilherme, não desanime! Quando a
espécie chega a esse ponto, o único jeito e a formação do Banco Ex-situ seguido
do repovoamento". E assim está sendo feito!
Nesse sentido, seguimos os aconselhamento dos sábios,
assim como as diretrizes das metas técnicas que ajudamos a construir e, que por
mérito do grupo envolvido, acabaram virando instrumento política pública federal: o PAN Paraíba do Sul.
Formamos um maravilhoso
grupo de trabalho com a participação de diferentes atores em prol da nossa causa: Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), a Universidade Estadual do
Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), a
Universidade de Mogi das Cruzes (UMG), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a
Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Estado de Minas Gerais (EPAMIG), a Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Estado
do Rio de Janeiro (PESAGRO) através da Secretaria de Agricultura e do Governo do Estado, o Instituto do Estado do Ambiente (Inea), a Companhia Energética de São Paulo (CESP), o
Grupo MPE, o Instituto IRLA, o Sr. José Roberto Marinho, dentre inúmeros apoiadores indiretos.
São tais resultados que motivam a continuação do trabalho em função do aumento populacional das espécies de peixes ameaçadas de extinção.
Como novidade, três novos parceiros estão se juntando a nossa causa: a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), a Prefeitura Municipal de Itaocara e a Colônia de Pescadores Z-21.
São tais resultados que motivam a continuação do trabalho em função do aumento populacional das espécies de peixes ameaçadas de extinção.
Como novidade, três novos parceiros estão se juntando a nossa causa: a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), a Prefeitura Municipal de Itaocara e a Colônia de Pescadores Z-21.
Venha conhecer o Projeto Piabanha!
Estamos de portas
abertas para você! :)
Marque sua visita através do telefone (22) 3861-2569 e através do email proj.piabanha@gmail.com.
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